Pet play: uma exploração do fetiche no universo BDSM
- Redação Uomini

- 21 de set.
- 3 min de leitura
O pet play, uma faceta intrigante e cada vez mais visível do universo BDSM, convida seus praticantes a uma imersão profunda em dinâmicas de poder e papéis, muitas vezes materializada pelo uso de acessórios como a "dog mask".

Longe de ser uma novidade, essa prática tem raízes que se entrelaçam com a história do próprio BDSM e com a exploração da objetificação do submisso, um conceito que começou a tomar forma no início do século passado.
A máscara de cachorro, ou dog mask, transcende a função de um simples acessório. Ela é um portal para um estado mental de submissão e entrega, permitindo que o usuário explore uma persona animal, despindo-se de inibições e convenções sociais. Confeccionadas em materiais como couro, látex ou neoprene, essas máscaras buscam imitar a aparência canina, muitas vezes incorporando orelhas, focinho e até mesmo a possibilidade de atrelar uma coleira, intensificando a experiência sensorial e psicológica da submissão.
As origens e a evolução do Pet Play
Embora intrinsecamente ligado ao BDSM contemporâneo, o ato de assumir uma identidade animal remonta a rituais e práticas culturais ancestrais em diversas civilizações, onde a incorporação de espíritos animais detinha significados espirituais e sociais.
No contexto do BDSM, a prática do pet play começou a se delinear com mais clareza na medida em que a figura do submisso passou a ser, consensualmente, objetificada dentro da relação de poder.
Essa objetificação, longe de um sentido pejorativo, representa uma entrega voluntária do controle ao parceiro dominante, e o pet play oferece um arcabouço simbólico poderoso para essa dinâmica. Ao assumir o papel de um animal de estimação, o submisso explora temas como lealdade, obediência e um estado de ser mais instintivo e menos verbal, enquanto o dominante assume a posição de cuidador, treinador ou mestre.
A dog mask como símbolo e ferramenta
A dog mask BDSM é um elemento central nessa prática. Para quem a veste, ela pode facilitar a dissociação da identidade cotidiana, permitindo uma entrega mais completa ao papel.
A restrição visual e a alteração da percepção sensorial que algumas máscaras proporcionam podem intensificar a sensação de vulnerabilidade e dependência, elementos cruciais para muitos praticantes de BDSM.
O design das máscaras varia amplamente, atendendo a diferentes preferências e níveis de intensidade. Existem modelos mais simples e confortáveis, feitos de tecidos como o neoprene, ideais para iniciantes ou para uso prolongado. Em contrapartida, há máscaras mais elaboradas em couro, com detalhes de fivelas e fechos ajustáveis, que evocam uma estética mais tradicional do BDSM. Algumas podem incluir ainda elementos como bocais, que restringem a fala, ou outros dispositivos de contenção, ampliando o leque de sensações e o aprofundamento da experiência.
Popularização e comunidade
Nos últimos anos, o pet play, e em especial o "pup play" (uma vertente focada na figura do filhote de cachorro), tem ganhado uma notável popularidade.
Comunidades online, fóruns e redes sociais se tornaram espaços seguros para que entusiastas compartilhem experiências, dicas e encontrem parceiros com interesses similares.
Essa visibilidade crescente contribuiu para a desmistificação da prática e para a ampliação do acesso a informações e acessórios.
Lojas especializadas, tanto físicas quanto online, como a mencionada Chastity, desempenham um papel fundamental nesse cenário, oferecendo uma vasta gama de produtos que atendem desde o curioso iniciante até o praticante experiente.
A disponibilidade de diferentes estilos de dog masks e outros equipamentos de pet play reflete a diversidade e a criatividade dessa comunidade.
Em suma, o pet play e o uso da dog mask representam uma complexa e rica expressão da sexualidade humana, inserida no contexto de poder e consenso do BDSM. É uma prática que, para seus adeptos, oferece um caminho para a exploração de fantasias, aprofundamento da confiança e da intimidade em um relacionamento, e uma forma única de entrega e submissão.




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