Correção do pênis torto: é possível desentortar?
- Redação Uomini

- 20 de ago.
- 3 min de leitura
A curvatura peniana, ou pênis torto, é uma condição comum que pode ser congênita (de nascença) ou adquirida ao longo da vida.

Correção do pênis torto
Embora seja um tema que possa gerar desconforto, é importante entender que a maioria das curvaturas é inofensiva e não requer tratamento.
No entanto, quando a angulação é significativa, causa dor, dificuldade na relação sexual ou um incômodo estético, a correção se torna uma opção.
A pergunta que muitos se fazem é: "Tem como desentortar o pênis?" A resposta é sim, é possível, mas a abordagem depende da causa e da gravidade da curvatura.
Tipos de Curvatura e Tratamentos
Existem dois tipos principais de curvatura peniana:
1. Curvatura Congênita (de Nascimento)
Essa condição é causada por um desenvolvimento desigual dos corpos cavernosos (as duas câmaras de tecido esponjoso que se enchem de sangue durante a ereção). A curvatura costuma ser para baixo ou para o lado e, na maioria dos casos, não causa dor e não está associada à Doença de Peyronie.
Tratamento: O tratamento para a curvatura congênita é quase sempre cirúrgico. A cirurgia é indicada apenas quando a curvatura é acentuada (geralmente acima de 30 graus) e causa dificuldades na penetração. O procedimento mais comum é a plicatura peniana, onde o cirurgião sutura o lado mais longo do pênis para igualá-lo ao lado mais curto, corrigindo a angulação. Em casos muito raros, pode ser necessário um enxerto para alongar o lado mais curto.
2. Curvatura Adquirida (Doença de Peyronie)
A Doença de Peyronie é a causa mais comum de curvatura peniana adquirida. Ela ocorre quando uma placa de fibrose (tecido cicatricial) se forma na túnica albugínea, a camada que reveste os corpos cavernosos. Essa placa impede que o pênis se estenda uniformemente durante a ereção, causando uma curvatura dolorosa. As causas exatas não são totalmente compreendidas, mas podem estar ligadas a microtraumas no pênis durante a relação sexual ou atividades físicas.
O tratamento da Doença de Peyronie pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo do estágio da doença e da gravidade dos sintomas.
Fase Aguda (Inflamatória): Nesta fase inicial (que pode durar de 6 a 18 meses), a placa está em formação, e o paciente pode sentir dor na ereção. O tratamento foca em tentar estabilizar a placa e reduzir a dor. Opções incluem:
Medicamentos orais: como a colchicina ou vitamina E, embora a eficácia seja controversa.
Injeções diretamente na placa: como a colagenase de Clostridium histolyticum, que ajuda a dissolver a placa de fibrose. Esta é uma das abordagens mais modernas e eficazes, mas não está disponível em todos os países.
Dispositivos de tração peniana: podem ser usados para alongar o pênis e reduzir a curvatura ao longo do tempo.
Fase Crônica (Estabilizada): Após a estabilização da placa (quando a dor e a curvatura não mudam mais), o tratamento cirúrgico é a opção mais eficaz para restaurar a função sexual. Os procedimentos incluem:
Plicatura peniana: semelhante ao tratamento da curvatura congênita, usada para angulações mais leves.
Enxertia da placa: a placa de fibrose é removida ou incisada, e um enxerto de tecido (sintético ou de outra parte do corpo) é colocado para preencher o espaço, permitindo que o pênis se estenda.
Prótese peniana: indicada para casos de curvatura grave associada à disfunção erétil que não responde a outros tratamentos. A prótese não só resolve a disfunção erétil, mas também ajuda a "esticar" e a retificar o pênis.
A correção do pênis torto é possível e o sucesso do tratamento depende de um diagnóstico preciso da causa. Se a curvatura é um incômodo, a melhor atitude é procurar um urologista. A avaliação médica é fundamental para determinar se a curvatura é normal, congênita ou causada pela Doença de Peyronie, e para escolher o plano de tratamento mais adequado, seja ele clínico ou cirúrgico, a fim de garantir a saúde e a qualidade de vida.




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