Eu tinha acabado de desembarcar em São Paulo, vindo de uma viagem longa e cansativa. A conexão demoraria algumas horas, então decidi dar uma volta pelo aeroporto, tentando encontrar algo para fazer.
Com um café em mãos, me sentei em uma das poltronas da área de espera, observando as pessoas passarem.
Apesar do cansaço, algo ali me despertava — talvez fosse a energia frenética do lugar, ou quem sabe, a excitação de estar em um ambiente tão movimentado.
Foi então que o vi.
Ele estava encostado na parede, perto dos banheiros, mexendo no celular com uma expressão indiferente.
Alto, moreno, cabelo raspado, e um corpo que qualquer pessoa notaria — camisa ajustada, jeans marcando as pernas musculosas.
Nossos olhares se cruzaram por um segundo, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Havia algo nele, algo que me fez manter os olhos fixos.
De repente, ele ergueu o olhar, e nossos olhares se encontraram de novo, dessa vez por mais tempo. Ele deu um leve sorriso de canto e entrou no banheiro.
Meu coração começou a bater mais rápido. Eu sabia o que estava acontecendo ali.
Tentando agir com naturalidade, me levantei e segui em direção ao banheiro. Assim que entrei, vi que ele estava parado no final do corredor, perto das cabines individuais.
Quando me aproximei, ele deu um passo para dentro de uma das cabines e deixou a porta entreaberta.
Sem hesitar, entrei atrás dele, fechando a porta suavemente. O espaço era pequeno, apertado, mas a tensão entre nós dois tornava o ambiente ainda mais sufocante.
Ele me puxou para perto e nossos lábios se encontraram num beijo intenso, cheio de desejo.
Suas mãos exploravam meu corpo, e eu podia sentir a pressão crescente entre nós.
Nossos corpos se moviam em sincronia, uma mistura de calor e intensidade que fazia meu coração disparar.
Cada toque, cada movimento era como uma descarga elétrica que percorria meu corpo inteiro.
O som abafado de nossas respirações ofegantes se misturava com o barulho distante do aeroporto.
Seus dedos eram habilidosos, e logo ele me virou de frente para a parede, me pressionando com força contra ela.
Seus lábios tocaram meu pescoço, e eu podia sentir sua excitação crescendo.
Em poucos segundos, já estávamos perdidos um no outro, movendo-nos com intensidade e com receio que alguem do lado de fora pudesse escutar os gemidos.
O ritmo era frenético, e a sensação de estarmos num local público só aumentava o tesão.
Cada movimento, cada gemido abafado era uma lembrança constante de que a qualquer momento poderíamos ser interrompidos.
Mas naquele instante, nada mais importava. O mundo ao nosso redor desaparecia.
O clímax veio rápido e intenso, deixando-nos ofegantes e suados, enquanto tentávamos recuperar o fôlego.
Ele deu um passo para trás, me observando com aquele sorriso de canto nos lábios.
Eu sorri de volta, sentindo uma adrenalina e o fogo ainda correndo pelo meu corpo.
"Até a próxima," ele sussurrou, antes de abrir a porta e sair sem olhar para trás.
Fiquei ali por alguns segundos, ainda tentando processar o que tinha acabado de acontecer.
Quando finalmente saí da cabine, ajeitei minhas roupas e voltei para o saguão do aeroporto. Ele já não estava mais por lá.
Enquanto esperava pelo próximo voo, um sorriso discreto se formou em meu rosto.
Algo me dizia que aquela conexão em São Paulo seria uma das lembranças mais marcantes que eu teria de qualquer viagem.
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