A névoa da madrugada cobria a rodovia como um véu tênue, obscurecendo a paisagem. A cada curva, a luz dos faróis do caminhão raiava a escuridão, revelando a imensidão da estrada que se estendia à frente.
No banco do passageiro, sentia a pele grudenta pela tensão e pela excitação. A viagem para Belo Horizonte, que antes parecia interminável, agora se arrastava em uma expectativa torturante.
Já fazia dias que não tinha relações sexuais. A solidão da estrada e a ausência de contato físico me deixavam cada vez mais inquieto. E ali, sentado ao lado de João, o amigo do meu pai, um homem rústico e experiente, com aquele corpo forte e bronzeado, a minha libido parecia querer explodir.
João era um homem de poucas palavras, mas seus olhos, escuros e penetrantes, diziam muito mais do que qualquer frase.
De vez em quando, ele me lançava um olhar rápido, como se estivesse me sondando, me avaliando. Eu sabia que ele sentia a mesma coisa que eu. A atração era mútua e inegável.
O caminhão parou em um posto de gasolina, deserto e silencioso. A única luz vinha das bombas de combustível e da pequena loja de conveniência. João desligou o motor e se virou para mim, com um sorriso leve nos lábios.
— Quer tomar um café? – perguntou, sua voz rouca me arrepiando.
Assenti com a cabeça, incapaz de pronunciar uma única palavra. Seguimos para dentro do posto, e enquanto esperávamos pelo café, nossos corpos se roçaram levemente.
Um arrepio percorreu minha espinha, e eu sabia que não poderíamos mais resistir.
Voltamos para o caminhão, e a porta se fechou com um baque. A escuridão dentro da cabine era quase completa, interrompida apenas pela luz fraca do painel. João se aproximou de mim lentamente, seus dedos deslizando pela minha coxa.
— Você sabe que eu sempre te achei atraente, não sabe? – sussurrou ele em meu ouvido.
Eu fechei os olhos e me deixei levar por aquela voz aveludada. Seus lábios encontraram os meus em um beijo quente e profundo, cheio de desejo e promessa.
As roupas foram caindo aos poucos, revelando nossos corpos quentes e suados. João me puxou para mais perto, e nossos corpos se moldaram um ao outro como peças de um quebra-cabeça.
Seus dedos exploraram cada centímetro do meu corpo, despertando em mim sensações que eu nunca havia experimentado antes.
A noite na estrada se transformou em uma experiência intensa e inesquecível. A cada toque, a cada gemido, a cada movimento, a paixão se intensificava, nos levando a um ápice de prazer que nos deixou exaustos e satisfeitos.
Quando a manhã chegou, a névoa havia se dissipado e o sol começava a surgir no horizonte. João me olhou nos olhos e sorriu.
— Foi bom, não foi? – perguntou ele, sua voz rouca ainda carregada de desejo.
Eu sorri de volta e concordei com a cabeça. Sabíamos que aquele momento era único, e que talvez nunca mais se repetisse. Mas a lembrança daquela noite na estrada ficaria marcada em nossas memórias para sempre.
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